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Mostrando postagens de maio, 2018
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A Paixão de Cristo Segundo o cirurgião CAPITULO 10 INSTRUMENTOS DA CRUCIFIXAO Em regra geral, a cruz regulamentar, se é que assim se pode falar, era formada por duas peças distintas. Já os Setenta chamam- na "xylon didymon - o pau duplo" (cf. Josué, 8,39). Uma das peças, a vertical, enterrada permanentemente com um poste fixo, era o "stipes crucis - tronco da cruz" ; a outra, móvel e que se fixava horizontalmente sôbre a primeira, se charriavã· o "patibulum". 1. • - Stipes erucis. - Digamo-lo em português: o tronco da cruz, porque "stipes" quer dizer tronco de árvore, estaca e mesmo estaca ponteaguda. Era a esta parte que, primitivamente, se dava o nome de "cruz". "Crux" (cruz em latim, como "stauros" em grego, não é outra cousa senão uma estaca fixada verticalmente no chão, da mesma forma que "sk"olops" que quer dizer estaca pontuda. A prova disto, é que "stauros&quo
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A Paixão de Cristo Segundo o cirurgião CAPITULO 9 USO DA CRUCIFIXÃO Parece que os gregos, que tinham horror pela crucifixão, não a adotaram. É necessário, com efeito, chegarmos às conquistas de Alexandre, que a recebeu dos persas, para vê-la entrar na histó ria helênica. Continuou aí a ser empregada, sob os diádocos, na Síria sob os selêucidas. como Antíoco Epifânio e no Egito sob os ptolomeus. Em Siracusa, cidade grega, Dionísio o tirano, te-la-ia talvez recebido dos cartaginenses. Parece que os romanos também a adotaram a exemplo dos cartaginenses que dela faziam freqüente uso. Veremos, no entanto, ao estudar os Instrumentos da Crucifixão ( B ) , que foi isto, entre êles, o têrmo de uma evolução cujo início foi simples punição relativamente benigna, infligida primitivamente aos escravos.   Em Roma, cometou-se a aplicar o verdadeiro suplicio da cruz, durante as guerras, aos desertores, ladrões, e, sobretudo, aos revoltOSO!! vencidos. Em parte alguma foi êste
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A Paixão de Cristo Segundo o cirurgião CAPITULO 8 ARQUEOLOGIA E CRUCIFIXÃO Não será sem interêsse, antes mesmo de estudarmos o suplício de Jesus, fazermos uma pesquisa sôbre o que a Arqueologia, em tôdas as suas formas, textos literários, documentos artísticos, pode nos fornecer sôbre a crucifixão. Devo, neste capítulo, grande reconhecimento ao Padre Holzmeister, S. J., que publicou sôbre o assunto, na revista "Verbum Domini" do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, nos meses de maiq, julho, agôsto e setembro de 1 934, um magistral e quase exaustivo estudo intitulado: "Crux Domini eiusque crucifixio ex archeologia romana illustrantur" . A abundância e precisão das fontes permitiram-lhe tirar conclusões que, em sua maioria, parecem verdadeiramente irrefutáveis. Uma vez que não me será dado o prazer de transcrever aqui tôdas suas referências, com exceção de a,J.gumas que verifiquei e de algumas outras que não são suas,
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A Paixão de Cristo  Segundo o cirurgião CAPITULO 7 Impressões corporais.  Digamos logo que se sabemos perfeitamente o que não são estas impressões, não temos, no entanto, idéias muito precisas sôbre a maneira pela qual se formaram. Poderemos talvez acrescentar: não sabemos quando apareceram. Lembra-me isto o conhecimento negativo de Deus, tão bem exposto por S. Boaventura. O que elas não são? Uma burla, uma fraude, uma obra produzida pela mão de homem. - Confesso que tenho dificuldade em çonceber que ainda se possa contestar isto. Esta piÍltura poderia ter sido feita, o mais tardar no século XIV, quando reapareceu o Santo Sudário em Lirey. Será necessano repetir mais uma 􀾅 tôdas as impossibilidades que suscita tal hipótese? Contém esta pintura uma imagem negativa, concepção inimaginável até a relativamente recente descoberta da fotografia. Nem se objete que o Santo Sudário tenha sido invertido pelas Clarissas de Chambéry; a copia de J .. ierre, q
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A Paixão de Cristo Segundo o cirurgião CAPITULO 6  FORMAÇÃO DAS IMPRESSõES 1. • - Impressões sanguíneas. - Começaremos por elas porque, na realidade, são as únicas das quais podemos, de modo certo e quase completo, reconstituir a formação. :l!:ste "quase", um verdadeiro cristão já o terá adivinhado, evoca as circunstâncias da Ressurreição, que é um mistério. Os próprios hiper-críticos não exigirão que eu lhes forneça disso uma explicação cientüica. Os vestígios sanguíneos da Mortalha não são, como as impressões corporais, imagens gráficas. Não quis dizer fotográficas por ignorarmos a maneira de sua formação: não sabemos se alguma luz nela teria tomado parte; em todo o caso, como vimos, são muito vizinhas dos negativos fotográficos. As impressões san- guíneas não são imagens, são decalques; foram formadas com sangue. Mas sob qual forma? Sangue líquido ou coagulado? Coágulos já secos ou coágulos recentes, em ponto de exsudar seu sôro? Afastemos logo