Acontecimentos
proféticos estudo 26
SEGUNDA PARTE SUMÁRIO DAS BATALHAS DURANTE A
INDIGNAÇÃO
Isaías 28-35
Os capítulos 28 e 29 formam uma
introdução a este esboço profético. Eles
apresentam rapidamente os dois ataques
dos assírios. Os capítulos seguintes
desvendam os detalhes da maravilhosa
ordem desses eventos proféticos.
O capítulo 28 mostra as investidas das
incursões assírias pela terra de Israel,
de norte a sul, na figura de um violento
temporal de saraiva e de um grande
dilúvio. Efraim (nome usado pelos
profetas para designar o reino norte de
Israel, do qual Samaria era a capital) foi
o primeiro a sentir os efeitos das
incursões dos assírios (Is 28:1-13).
Isaías segue adiante para alertar os
legisladores de Jerusalém de que a
"tormenta de destruição" iria passar
também por Judá e Jerusalém, e que não
haveria lugar onde pudessem se abrigar
dela (Is 28:14-22). Este é o ponto n° 2
do sumário.
Então, na última parte do capítulo 28 o
profeta faz uso de uma parábola para
mostrar que depois que os assírios
passassem pela terra, o Senhor
restauraria Israel. Israel é visto como o
pedaço de terra de Jeová, que Ele
protege como um agricultor protege sua
fazenda. O que trilha com o arado (os
assírios) é contratado para revolver a
terra (Israel), quebrando os seus torrões
(os judeus apóstatas). A isso segue-se a
semeadura, na terra, de sementes novas.
O ato de trazer as sementes novas e
plantá-las na terra é uma figura das
tribos dispersas de Israel sendo trazidas
de volta à sua terra e plantadas ali, o
que resulta em fruto para Deus (Is
28:23-29). Isso acontece no intervalo
entre os pontos 5 e 6.
A seguir, quando todas as doze tribos de
Israel estiverem de volta à sua terra, o
capítulo 29 mostra que haverá outro
ataque dos assírios (Gogue -- Rússia),
só que desta vez eles não serão bem
sucedidos. "Ariel" (Jerusalém) será
cercada por inimigos, mas num instante
o Senhor tratará com eles em juízo.
Israel será então libertada de toda
angústia assim como se vai um sonho
quando alguém acorda de seu sono (Is
29:1-8). Este é o ponto n° 6
O profeta segue, no capítulo 29,
narrando a condição moral do povo que
atraiu as invasões dos assírios (Is 29:9-
16). Então, no final do capítulo, o
Milênio é visto sendo estabelecido com
a situação sendo revertida no que diz
respeito a Israel. Os altivos assírios
serão humilhados e eles (Israel), que
haviam sido humilhados, serão
exaltados. A insensibilidade de Israel
dará lugar ao discernimento espiritual e
zelo concernentes às coisas de Deus (Is
29:17-24).
Tendo exposto rapidamente os dois
grandes deslocamentos dos assírios (Is
28-29), o profeta Isaías volta, então,
para dar detalhes relativos àquelas
circunstâncias. O capítulo 30 expõe a
condição de incredulidade dos judeus
(apóstatas) na terra, no tempo de Isaías,
procurando conseguir do Egito a
proteção contra os assírios (Compare
com 2 Rs 18:21-24). Mas a ajuda do
Egito seria em vão (Is 30:7). Confiar no
homem para obter ajuda é considerado
pelo Senhor como rebelião e,
consequentemente, o poder do Egito
seria despedaçado como um vaso de
oleiro, e seus homens dispersos pelos
assírios. Os judeus seriam também
deixados como uma árvore no topo de
uma montanha, separada dos seus ramos
após a passagem dos assírios (Is 30:1-
17 -- N.T.: "árvore" é traduzido como
"mastro" na versão Almeida). Isso tudo
prefigura os eventos vindouros. O Egito
subirá à terra de Israel (mas não para a
proteção de Israel) e os assírios
destruirão os egípcios assim como sua
terra. Isto se refere aos pontos 1 e 2.
Em seguida é dado encorajamento
àqueles que esperam no Senhor (o
remanescente de judeus fiéis). O Senhor
promete que eles verão a libertação,
habitarão em paz em Sião, e desfrutarão
das bênçãos do Reino milenial (Is
30:18-26). Ele promete também que os
assírios, que foram como "bordão nas
suas mãos" (Is 10:5,6), serão abatidos e
encontrarão seu fim no lugar de juízo --
"Tofete" -- o lago de fogo (Is 30:27-33).
No capítulo 31 o Senhor dá ênfase à
insensatez de terem confiado no braço
de carne (Egito). Ele compara a força do
Egito com Seu divino poder de proteção
sobre Sião e promete defender a cidade
como um leão que, com seu filhote, ruge
sobre a presa, e um pássaro que voa
para guardar seu ninho (Is 31:1-5). Ele
roga ao Seu povo para que se voltem a
Ele verdadeiramente, lançando fora seus
ídolos, e então os assírios cairiam sob o
juízo consumidor do Senhor (Is 31:6-9).
Isto talvez possa se referir ao ponto n°
5.
O capítulo 32 mostra o Senhor reinando
como Rei em Jerusalém, após os
assírios (1° ataque) terem sido julgados.
O remanescente de Israel é restaurado e
são vistos com Ele desfrutando do
abrigo de Sua enorme proteção (Is
32:1,2). Eles terão julgado sua
iniquidade e consequentemente terão
seus olhos abertos e corações
entendidos (Is 32:3-14). Estarão
habitando em paz na terra, "em lugares
quietos de descanso" (Is 32:15-20;
compare com Ez 38:11). Este capítulo
seria uma referência à restauração de
Israel ao Senhor no intervalo entre os
pontos 5 e 6.
Então, no capítulo 33, a grande Assíria é
colocada mais uma vez diante de nossos
olhos (no 2° ataque). Trata-se de Gogue
(Rússia) que descerá à terra de Israel
após as 12 tribos de Israel se
encontrarem novamente habitando em
segurança sob a proteção de Jeová. A
Rússia, a grande Assíria, despojou antes
a terra, usando para isso a Confederação
Árabe sob o comando do Rei do Norte
(1° ataque) que era um satélite dela (Dn
8:24), porém ela própria, a Rússia, não
foi despojada quando o Senhor interveio
em socorro do remanescente e julgou o
Rei do Norte, quando não houve quem o
socorresse (Dn 11:45). Agora, porém, a
Rússia com muitas outras nações sob
seu comando desce sobre a terra de
Israel (Is 33:1). Quando chegam ao
recém-restaurado Israel as notícias do
exército que se aproxima, o povo cai de
joelhos diante do Senhor e ora por
libertação. (Is 33:2). Em resposta à
oração do Seu povo, o Senhor
repentinamente põe o inimigo em fuga
(Is 33:3-9) e os consome com fogo (um
símbolo de juízo -- Is 33:10-14).
Estando os exércitos de Gogue
destruídos, a última parte do capítulo
mostra Israel uma vez mais desfrutando
de quietude em sua terra, tendo sobre si
o Senhor como seu Rei enquanto tem
início o Milênio (Is 33:15-24).
O capítulo 34 desvenda mais detalhes
quanto à destruição dos exércitos
aliados de Gogue (Rússia). Após haver
destruído Gogue nas montanhas de Israel
(Ez 39:1-5), a indignação do Senhor se
estenderá até Edom, onde as nações
sujeitas a Gogue estarão se reunindo (Is
34:1-8; 63:1-6). O juízo do Senhor
sobre os exércitos confederados sujeitos
a Gogue será tão severo que a própria
terra de Edom se tornará, para todo o
sempre, um deserto perpétuo (Is 34:9-
15). Os capítulos 33 e 34 satisfazem o
ponto n° 6.
O capítulo 35 encerra esse esboço
profético com um quadro do Milênio
que se seguirá a esses juízos. A criação
é vista sendo libertada da servidão da
corrupção (Rm 8:21,22) e os redimidos
da terra sobem a Sião com cânticos de
eterna adoração (Is 35:1-10).
por Bruce Anstey
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