"Qual foi a marca que Deus colocou em Caim (Gênesis 4:15)?"





Depois que Caim matou o seu irmão Abel, Deus declarou a Caim: "E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra" (Gênesis 4:11-12). Em resposta, Caim lamentou: "Então disse Caim ao SENHOR: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará" (Gênesis 4:13-14). Deus respondeu: "O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse" (Gênesis 4:15-16).



Algumas pessoas têm sugerido, especulativamente, que o sinal que Deus colocou em Caim foi a cor negra, que acabou dando origem ao povo africano. Essa teoria, porém, é completamente destituída de fundamentação bíblica e de comprovação histórica. Para entendermos melhor o assunto, devemos reconhecer, em primeiro lugar, que esse sinal não foi um sinal de maldição, mas de proteção. Foi somente depois de amaldiçoado pelo assassinato de seu irmão Abel (Gênesis 4:8-12) que Caim recebeu de Deus sinal, “para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse” (Gênesis 4:15). Devemos lembrar também que a raça humana pós-diluviana derivou dos três filhos de Noé (Gênesis 7:13; 10:1-32), que eram descendentes de Sete (ver Gênesis 5) e não de Caim, o que elimina praticamente a possibilidade da perpetuação de qualquer característica genética de Caim. Quer esse “sinal” (hebraico ‘oth) tenha sido realmente uma marca visível colocada sobre a pessoa de Caim, como querem alguns, ou apenas um sinal a ele mostrado como garantia de proteção, como sugerem outros, o certo é que não dispomos de informações suficientes para identificá-lo mais precisamente.

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